Se a obesidade é, por um lado, um problema de saúde pública, a pressão por um corpo perfeito e seus impactos na saúde mental das pessoas é tão grave quanto. O fato de não se encaixar nos padrões impostos pela sociedade ainda é motivo de muitos abalos na autoestima, principalmente das mulheres. Isso pode fazer com que elas desenvolvam distúrbios de imagem, psicológicos e alimentares – além de abrir caminho para dietas perigosas e cirurgias plásticas arriscadas.
Desta forma, sabemos que os filtros no Instagram, Photoshop, dietas, cirurgias plásticas e outras formas exaltar a beleza continuarão existindo e tentando impor o que é certo ou não em seu corpo. Como podemos perceber, a busca pelo padrão de beleza atual é mera consequência da história e das preferências culturais de cada época. Já na Idade Média houve a influência da cultura judaica e cristã, e o culto ao corpo nu dá lugar ao recato. O corpo feminino era considerado tentador, e por isso o padrão de beleza era ligado ao divino e ao plano espiritual.
O conceito de padrões de beleza está relacionado ao conjunto de características físicas que são tidas como ideais e tornam-se modelos a serem seguidas pelas pessoas. Esses modelos variam de acordo com o período histórico, cultura e idade das pessoas. A comparação pode ser considerada um pouco absurda, mas ela é um extremo pra identificar que o padrão de beleza é uma construção da cultura, sujeito à mudanças a qualquer momento. Também é importante notar que ele, em qualquer lugar em que é hipervalorizado, vai levar a consequências drásticas de alterações do corpo, podendo gerar insatisfação, dor, angústia e problemas de saúde mental.
Um padrão de beleza é um conjunto de normas estéticas que formatam o corpo de um indivíduo, de acordo com processos culturais localizados em um determinado espaço e tempo histórico. É uma construção social, ou seja, não é algo que sempre existiu na natureza, não é universal nem imutável. Esse é o sentimento de metade dos brasileiros, que associa a aparência física ao sucesso e à felicidade. A conclusão é de uma pesquisa da Opinion Box com 2147 pessoas de todo o Brasil, realizada em janeiro de 2022.

Influências na autoestima
Os padrões utópicos de beleza e jovialidade feminina repercutem na saúde mental feminina e interfere na sua saúde física, gerando transtornos alimentares e de imagem corporal. Até a mais magérrima das modelos nas passarelas terá ‘imperfeições‘ capa moveis externos em seu corpo, na visão do padrão de beleza. Intervenções como filtros no Instagram, photoshoppagens e cirurgias plásticas continuarão dominando o seu feed enquanto o padrão de beleza segue sendo racista, eurocêntrico, gordofóbico e sexista.
Conceito de Padrão de Beleza
Ser voluntário é se importar com aquele que tem menos ou quase nada, é ter capacidade de desenvolver empatia e prestar auxílio aos que mais necessitam, principalmente nos momentos de mais dificuldade. Por fim, a coleta da pesquisa foi realizada pelo Opinion Box foi realizada em dezembro de 2022. Para isso, foram entrevistadas 2.114 pessoas em todo o Brasil que fazem parte do nosso Painel de Consumidores. O país liderou o ranking por dois anos seguidos, com mais de 11,3 milhões de procedimentos realizados. Já no Renascimento Italiano (1400 d.C a 1700 d.C), como eu disse anteriormente, o padrão já era praticamente o oposto, o que foi se alternando diversas vezes depois disso.
O processo cíclico ocorre para alimentar o desejo de evitar o ganho de peso.
Como abandonar um padrão de beleza
Essa preocupação estética está naturalizada no cotidiano e não para de crescer”, afirma o sociólogo especialista em Saúde Pública, Francisco Romão Ferreira, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). A psicóloga Adriana Roque alerta para os perigos que podem estar por trás dessa cobrança estética pela busca da beleza e do “corpo perfeito”. óculos de madeira “Essa cobrança excessiva pela magreza a qualquer custo pode contribuir para desenvolvimento de transtornos, como depressão, ansiedade, anorexia, bulimia e até mesmo o transtorno dismórfico corporal”, afirma. Esse tema se tornou recorrente na sociedade nos últimos anos, e, recentemente, tomou conta das redes sociais após a morte da cantora Marília Mendonça.
“A Marília Mendonça é um exemplo claro disso, talentosíssima, mas a pauta ainda continuou sendo o corpo dela. Não tinha nem necessidade de mencionar a forma física dela; o talento já era suficiente”, avalia Gabriella, que relembra que a cantora sofria uma pressão estética desde o início da carreira. Em 2019, o Brasil se tornou o país que mais faz cirurgias plásticas e procedimentos estéticos no mundo. Entre 2016 e 2018, dados da própria Sociedade Brasileira de Cirurgiões Plásticos (SBCP) mostram que houve um aumento de 25% nas intervenções estéticas em solo nacional. O impulso se dá pela busca ainda maior de conformação aos padrões estéticos.